No dia 30 de Abril de 1975 o povo vietnamita liberta Saigão, actual Ho Chi Mihn, expulsando definitivamente a ocupação norte americana e efectivando a vitória sobre o imperialismo. Foi o fim de uma guerra que ceifou a vida de mais de 3 milhões de pessoas, 2 milhões delas civis vietnamitas.

50 anos da libertação do Vietname da guerra e do jugo que impunha o domínio dos Estados Unidos da América à força da bomba – mais do que o somatório de todas as lançadas na Europa durante a II Guerra Mundial – à força de armas químicas e minas, cujas consequências ainda hoje se fazem sentir.
Um conflito denunciado e combatido por todo o mundo num grande movimento pela paz, nomeadamente nos próprios Estados Unidos da América mas também aqui, em Portugal, onde os trabalhadores e o povo conheciam bem as consequências da guerra como a que o fascismo impunha contra os movimentos de libertação nas antigas colónias. Enfrentando a repressão fascista, o povo e os trabalhadores portugueses traziam para a rua a exigência da paz e o fim da guerra, em África, no Vietname e onde quer que o imperialismo a impusesse. 

O povo Vietnamita, a sua determinação, coragem e resistência foram exemplos máximos que, alimentou a esperança em todo o mundo e foi sinónimo de avanços e desenvolvimento social e económico, de melhoria de condições de vida e de trabalho, que se concretizou após a vitória sobre o imperialismo.

Hoje, quando os tambores da guerra se intensificam e se aponta como caminho o escalar das tensões e conflitos, da corrida aos armamentos, quando os EUA e a NATO exigem o elevar da despesa militar para lá dos 2% do PIB, quando a UE disponibiliza 800 mil milhões de euros para catapultar a economia de guerra, quando fomentam o medo para atacar direitos, quando os EUA, UE e estados membro patrocinam o genocídio do povo Palestiniano às mão de Israel, quando se apresenta como inevitável e inexorável o caminho do imperialismo e da guerra, lembrar os 50 anos da libertação do Vietname é lembrar que só a paz interessa aos povos, só com a paz é possível a efectivação dos direitos e o progresso social e que existe alternativa à ingerência, à subjugação aos interesses do grande capital e de que a vitória é possível. 

No 1º de Maio de 1975, no dia seguinte à libertação de Saigão, a CGTP-IN e os trabalhadores portugueses receberam uma delegação de sindicatos Vietnamitas, tendo assim a oportunidade de saudar a libertação do Vietname do imperialismo.

Nos 50 anos da libertação e reunificação do Vietname saudamos a Confederação Geral do Trabalho do Vietname e, através dela, todos os trabalhadores e o povo vietnamita, reafirmando o nosso compromisso com a luta pela paz, contra a guerra, pelo fim da ingerência, por um quadro de relações baseado na igualdade, respeito e cooperação entre países, pelo fim de todas as formas de exploração do homem pelo homem.