A recente provocação do Governo dos EUA com a deslocação de mais de 4000 soldados numa frota com elevado poder destrutivo - que incluí navios de guerra e um submarino nuclear - sob o pretexto de combate ao narcotráfico no mar das Caraíbas merece a mais firme condenação.
Estas movimentações, em descarado desrespeito do direito internacional, inserem-se numa perigosa escalada de confrontação, desestabilização e ingerência que, há mais de duas décadas, atenta contra a soberania, liberdade e independência do povo venezuelano. Em plena pandemia o governo dos EUA, suportado pela UE, moveu iguais intentos com o denominado “Plano de Transição” que pretendia intervir sobre os assuntos internos da Venezuela, plano esse derrotado pela acção e resistência do povo Venezuelano.
Esta nova escalada aprofunda a política de sanções e bloqueios que atacam ferozmente os direitos dos trabalhadores e dos povos latino-americanos e caribenhos São prova a ingerência e provocações ao Brasil ou o cruel bloqueio imposto a Cuba há mais de 60 anos e com consequências no bem estar e desenvolvimento do povo cubano.
Assim, o imperialismo norte-americano tenta vergar os trabalhadores e os povos da América Latina, impondo a sua doutrina de dominação deste território, usando a força para garantir os seus interesses na região – nomeadamente o controlo dos recursos naturais e energéticos–, o controlo das rotas e relações comerciais e impedir que qualquer país possa afirmar a sua soberania e assim contrariar a perda relativa da sua hegemonia.
A CGTP-IN defende o respeito pela soberania do povo venezuelano. Considera urgente o fim das sanções e do bloqueio que os EUA e UE impõem à Venezuelae reafirma a sua solidariedade com os trabalhadores e o povo da Venezuela, nomeadamente da comunidade portuguesa, e com os trabalhadores e os povos da América Latina face às ameaças e provocações do imperialismo norte-americano.
INT/CGTP-IN
03.09.2025