As recentes acções de Israel, com o prosseguimento do genocídio em Gaza, agravado pelas declarações do governo Israelita de destruir a cidade de Gaza e deslocar centenas de milhares de palestinianos, assim como o bombardeamento do estado soberano do Qatar e da sua capital representam um perigoso agravamento da situação no Médio Oriente.


Na faixa de Gaza, hospitais e zonas residenciais são deliberada e sucessivamente atingidas e o exército israelita bombardeia acções de salvamento das vítimas. A população enfrenta sucessivas ameaças sob a forma de ordens de evacuação e os edifícios habitacionais são demolidos, nomeadamente na cidade de Gaza, efectivando a limpeza étnica da maior cidade do território. Israel mantém o cruel bloqueio à entrada de bens essenciais, atacando missões humanitárias e instrumentalizando a ajuda humanitária provocando a fome e encurralando, empurrando e deslocando forçosamente milhares de pessoas. Jornalistas são abatidos pelo seu papel na denúncia dos crimes de guerra de Israel. 

Na Cisjordânia multiplicam-se os assaltos a zonas residenciais por parte de colonos e do exército israelita, escorraçando a população palestiniana das suas casas. Com o apoio do governo israelita instalam-se novos colonatos ilegais, efectivando cada vez mais a ocupação.

São já mais de 64 mil mortos, e 158 mil feridos. A maioria são crianças.

É esta a política de genocídio, ocupação, colonialismo e apartheid que o governo Israelita comete contra o povo Palestiniano, com o apoio dos EUA e a conivência na NATO, da UE.

A CGTP-IN condena os crimes de Israel e exige do governo português uma posição clara e urgente pelo fim do genocídio e da ocupação, assim como o reconhecimento urgente e incondicional do estado da Palestina.

Israel age com total impunidade: o recente bombardeamento de uma área residencial na capital do Qatar acrescenta às agressões ao Irão, ao Iémen, à Síria e ao Líbano, mantendo ocupados territórios destes dois últimos países. Um ataque a um país soberano que mina a possibilidade de um acordo de cessar-fogo real e que afronta de forma descarada o direito internacional, violando a integridade territorial do Qatar.

É mais uma prova de que a efectivação do direito do povo palestiniano a um estado da Palestina livre, soberano e independente, com as fronteiras de 1967 e a capital em Jerusalém Oriental, assim como o direito de retorno de todos os refugiados, tal como determinam as sucessivas resoluções da ONU, são condições essenciais para que haja paz no Médio Oriente.

A CGTP-IN reafirma a sua posição de defesa da paz e exige o fim da desestabilização e da guerra no Médio Oriente, exigindo que o governo português seja uma voz firme e consequente na condenação da escalada da guerra no Médio Oriente por parte de Israel.

O tempo é de intensificar a solidariedade com o povo da Palestina. Da parte dos trabalhadores e do povo, a agressão, o genocídio e a ocupação por parte de Israel não passarão impunes.
Assim, apelamos à participação de todos o dia 16 de Setembro, pelas 18h, no Largo Camões em Lisboa onde se afirmará a solidariedade dos trabalhadores e do povo da Palestina na concentração “Todos pela Palestina! Fim ao Genocídio! Fim à Ocupação!”