OS EMIGRANTES E O ENSINO DO PORTUGUÊS NA SUÍÇA ALTAMENTE LESADOS!
 A situação salarial dos trabalhadores consulares, professores e outros funcionários do Estado português na Suíça tem-se vindo a agravar há vários meses. Os governos portugueses, particularmente o último e o atual, não têm estado a honrar, como é sua obrigação, os meios de sustentabilidade destes funcionários, que se encontram numa precária situação financeira provocada pela diferenciação cambial, resultante da desvalorização do euro, que já provocou a perda de cerca de 1/3 dos salários, para além do aumento de vários impostos sobre os seus salários.


Para grande parte destes trabalhadores, mais de 60% do valor do salário destina-se a pagamento do seu alojamento, sendo o resto manifestamente insuficiente para viver na Suíça com um mínimo de dignidade. Alguns trabalhadores referem já não ter sequer dinheiro para pagar a renda da casa.

É por esta razão que decorre, desde o início do mês de setembro, uma greve dos funcionários consulares da embaixada em Berna, dos consulados de Genebra e Zurique, dos escritórios em Lugano e Sion e da delegação portuguesa junto da ONU. Entretanto, os professores de português na Suíça juntaram-se ao protesto dos funcionários consulares, que entraram já na 3.ª semana de greve.

A CGTP-IN transmite aos trabalhadores consulares portugueses neste país a sua profunda solidariedade e encorajamento a esta justa acção de luta pelos seus direitos e por um nível de vida condigno.

Exige-se do governo português uma urgente resolução desta injusta situação que não só agrava a situação destes trabalhadores e das suas famílias bem como de centenas de milhar de portugueses que residem e trabalham neste país, que, de resto, se têm ativamente solidarizado com esta greve.

Carlos Trindade

Comissão Executiva/CGTP-IN

Departamento de Migrações