Assistiu-se a uma actuação das forças de segurança que, no mínimo, convocam a preocupação da CGTP-IN pela reprovável atitude de intimidação, perseguição e uso da força sob trabalhadores em exercício pleno dos seus direitos constitucionais.

Comunicado de Imprensa n.º 014/08

 

 

CGTP-IN MANIFESTA REPÚDIO PELA ACTUAÇÃO DAS FORÇAS DE SEGURANÇA

 

 

Assistiu-se nas últimas horas a uma actuação das forças de segurança que, no mínimo, convocam a preocupação da CGTP-IN pela reprovável atitude de intimidação, perseguição e uso da força sob trabalhadores em exercício pleno dos seus direitos constitucionais.

 

Foi assim, em Sines, ontem, na ETAR de Ribeira de Moinhos quando uma força de intervenção da GNR dispersou à bastonada o piquete de greve do Sindicato dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro, Sul e Ilhas (Sinquifa), chegando inclusive a algemar e deter um activista sindical, como se tratasse de um perigoso meliante, apanhado em flagrante delito.

 

Foi assim, que se assistiu, também ontem, ao escândalo de elementos da PSP se dirigirem a várias escolas com o pretexto de indagar quantos professores iriam aderir à manifestação nacional, marcada para amanhã em Lisboa, convocada pelas organizações sindicais deste sector profissional, quando se sabe que as alegadas razões para garantir a segurança dos manifestantes, não passam de uma inaceitável manobra de intimidação.

 

Porque esta atitude começa a ganhar contornos de comportamento considerado normal pela chefias das respectivas forças, contrariando uma garantia anterior do Senhor Ministro da Administração Interna que, a propósito de anteriores situações, afirmava “ a acção das Forças de Segurança se destina a assegurar ao direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, incluindo os direitos dos trabalhadores”, que a CGTP-IN solicitou, com carácter de urgência uma reunião com o MAI.

 

A CGTP-IN não pode deixar de manifestar o seu mais veemente repúdio por mais estes actos intimidatórios dos direitos dos trabalhadores e a sua solidariedade activa, designadamente com a manifestação que, amanhã, os professores irão fazer em nome da justeza do seu protesto.

 

DIF/CGTP-IN

Lisboa, 2008-03-07