Evocar o Dia Mundial do Idoso significa registar com alegria esta grande conquista e manifestar uma atitude de simpatia e respeito para com os cidadãos idosos.

Comunicado à Imprensa n.º 036/06

 

 

 

 

DIA MUNDIAL DO IDOSO

 

 

 

Em 1991 a Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu consagrar o dia 1 de Outubro como Dia Mundial do Idoso.

 

Foi o justo reconhecimento da importância dos idosos na sociedade contemporânea. A percentagem crescente de idosos (em Portugal, mais de 18% da população) resulta do espectacular aumento da esperança de vida, a qual cresceu 20 anos, em termos médios mundiais, na segunda metade do século passado.

 

Este alargamento da esperança de vida, associado a melhorias das condições de vida, dos cuidados de saúde, do nível cultural, de hábitos mais saudáveis, é uma grande conquista da nossa civilização, é uma conquista da Humanidade.

 

Evocar o Dia Mundial do Idoso significa registar com alegria esta grande conquista e manifestar uma atitude de simpatia e respeito para com os cidadãos idosos.

 

Sabemos como o 25 de Abril contribuiu para a melhoria geral da vida dos idosos portugueses. A Revolução de Abril provocou o alargamento e melhoria das reformas, criou a pensão social, estabeleceu o serviço nacional de saúde como serviço universal e gratuito, dignificou as condições de trabalho, fomentou a habitação social, criou preços especiais para idosos em transportes públicos, estimulou a criação de milhares de associações de reformados e idosos, deu conteúdo ao direito de envelhecer com dignidade.

 

Trata-se de importantes conquistas que foram fruto da luta e da perseverança dos idosos através das suas organizações representativas.

 

Muitas destas melhorias estão sendo afectadas ou reduzidas. Só pela sua unidade, só pelo seu envolvimento em acções comuns, poderão os nossos idosos defender as conquistas alcançadas e continuar a exigir o respeito dos seus direitos.

 

Nuvens negras pairam sobre estes. A reforma da segurança social em discussão ameaça as nossas pensões e as futuras. É feita com sacrifícios para os trabalhadores (redução das reformas e aumento da idade de reforma) sem nada se exigir aos patrões. O complemento solidário para idosos foi envolvido em tantas exigências que é diminuto o número dos que dele beneficiam (é só propaganda!). Têm estado a ser reduzidas as comparticipações nos medicamentos e a serem dificultadas as condições de isenção. Agora o Ministro da Saúde anuncia a intenção de aumentar outra vez as taxas moderadoras e de criar taxas em serviços hospitalares que têm sido gratuitos. É o retomar, desrespeitando a Constituição da República, da velha ideia de que “quem quer saúde paga-a”.

 

A Inter Reformados opõe-se a estas medidas e exige uma nova política, que valorize os recursos do País e promova a justiça social.

 

Por isso vamos estar na jornada de protesto geral contra a política actual no dia 12 de Outubro, apoiando as correctas reivindicações da CGTP-IN.

 

Saudando todos os idosos por ocasião do Dia do Idoso, exortamos a que apoiem as suas organizações representativas na defesa colectiva do justo direito ao envelhecimento com dignidade.

 

E convidamos todos a que participem connosco na jornada de protesto do dia 12 de Outubro.

 

 

Lisboa, 2006-09-27

DIF/CGTP-IN

A Direcção Nacional da Inter Reformados