jovens cgtpA Interjovem denuncia a situação vulnerável em que estão os jovens trabalhadores neste surto pandémico de Covid-19.

Através de contratos a termo, empresas de trabalho temporário, falsos recibos verdes, os jovens trabalhadores vivem e trabalham na incerteza de um vínculo precário de trabalho. Nesta situação de surto pandémico, é a precariedade que está por detrás de centenas de despedimentos de jovens trabalhadores.

Muitos destes jovens trabalhadores foram despedidos ao abrigo do período experimental de 180 dias, uma medida aprovada em outubro passado pelo governo minoritário PS, apoiada por PSD e CDS-PP e cozinhada por UGT e patrões. A Interjovem e a CGTP-IN denunciaram na altura que esta e as restantes alterações ao código do trabalho só aprofundariam e normalizariam a precariedade. A realidade veio cruelmente dar razão à rejeição destas normas gravosas, que colocam os jovens trabalhadores ainda mais expostos.

As medidas que o governo emprega agora de protecção ao emprego não protegem os trabalhadores com vínculos precários e em período experimental.

Numa altura em que os trabalhadores, nomeadamente os mais jovens, mais precisam de estabilidade e segurança, são os primeiros a serem mandados para casa, sem saberem se vão receber no final do mês.

A Interjovem exige:

● O fim da precariedade, que a um posto de trabalho permanente corresponda um vínculo de trabalho efectivo, e a revogação das normas gravosas da legislação laboral que a aprofundam e legitimam

● O fim dos despedimentos selvagens, independentemente do vínculo

● Garantia de 100% dos rendimentos a todos os trabalhadores

● Maior fiscalização contra os atropelos do patronato nesta crise pandémica

● Mais condições de saúde e segurança para os trabalhadores mais expostos

DIF/CGTP-IN

Lisboa, 13.04.2020