A CGTP-IN saúda os trabalhadores e a população pela participação nas eleições legislativas de 18 de Maio.
Apresentadas como um acto que servia para eleger um Primeiro-ministro e não 230 deputados, envoltas num contexto de várias instrumentalizações, de falta de resposta aos problemas concretos dos trabalhadores e de degradação das condições de vida no nosso país, as eleições determinaram uma composição da Assembleia da República virada à direita que é negativa e não responde aos interesses dos trabalhadores e do país, o que exige a mobilização e luta pelos salários e os direitos.
Os resultados revelam, mais uma vez, a recusa de um cenário de maioria absoluta. Revelam, ainda, a AD como força mais votada e sobressai a votação nas forças mais reaccionárias e de extrema-direita.
Os problemas com que os trabalhadores, as suas famílias e a população em geral estão confrontados, os baixos salários e pensões, a precariedade, os bloqueios à contratação colectiva, a degradação do SNS e dos serviços públicos ou a dificuldade do acesso à habitação, fruto de décadas de política de direita, exigem uma resposta efectiva. Exigem-se medidas que respondam aos problemas e garantam uma maior coesão social e territorial. Impõem-se que os direitos consagrados na Constituição da República Portuguesa sejam defendidos, cumpridos e aplicados na vida dos trabalhadores e das populações, afirmando Abril.
Nesta situação, é fundamental a intensificação da organização e mobilização dos trabalhadores na defesa dos seus interesses e direitos, pela melhoria das suas condições de vida, para a implementação de uma política que promova e garanta o aumento geral e significativo dos salários e a subida das pensões, o trabalho com direitos e o fim da precariedade, a redução do horário de trabalho e a sua regulação, o direito de contratação colectiva e da actividade sindical, mais e melhores serviços públicos.
Uma acção que os trabalhadores desenvolveram e se está a intensificar, com lutas marcadas em todos os sectores e por todo o país, nas empresas e locais de trabalho onde as reivindicações ainda não são atendidas, mas os trabalhadores não se resignam e, em unidade e com muita confiança, lutam.
Será com esta força e determinação que os trabalhadores darão resposta a ataques aos direitos e abrirão caminho para a construção de um país mais justo.
DIF/CGTP-IN
Lisboa, 19.05.2025