No dia Mundial da Liberdade de Imprensa, 3 de Maio, a CGTP-IN saúda as/os jornalistas e todos os profissionais de Comunicação Social que cumprem o seu dever de informar com rigor, objectividade e isenção, muitas vezes à custa de sacrifícios que afrontam a própria vida. Tendo em conta a privatização e concentração de empresas de comunicação social nas últimas décadas e a acelerada comercialização da informação por parte do grande capital que procura assim afirmar o seu predomínio sobre a consciência política dos cidadãos, informar de forma livre, isenta, plural e objectiva é, cada mais, indispensável.

liberdade imprensaDe salientar o esforço de muitos profissionais da comunicação que continuam a fazer um trabalho de grande qualidade e nem sempre entendido e aceite por quem toma as decisões sobre o alinhamento das notícias, ou por quem decide sobre os seus vínculos laborais, alargando os leques da precariedade que a CGTP-IN continua a combater.

Com a campanha em curso contra a precariedade, a CGTP-IN visa denunciar os contratos a prazo ou de prestação de serviços, falsos recibos verdes, a utilização consecutiva de estagiários para ocupação de postos de trabalho permanentes e exigir que a um posto de trabalho permanente corresponda um vínculo de trabalho efectivo. Em consequência de despedimentos e de saídas forçadas de profissionais com experiência, as redacções estão a ficar sem memória. Como resultado, esta ausência traduz-se na cobertura deficiente do tratamento das questões do trabalho, da dignidade dos trabalhadores e das suas organizações.

Reafirmar o valor do trabalho com direitos para todos os profissionais é uma exigência de todos os dias. Os jornalistas têm que se sentir livres para que haja uma informação responsável, objectiva, plural, própria de uma sociedade verdadeiramente democrática.

Perante os desafios que se colocam ao país, cresce de importância o aprofundamento da participação activa e cidadã de pensamento livre e de luta consequente e organizada dos trabalhadores e de outras camadas da população. Que seja assegurada uma informação que reflicta a realidade laboral, social, económica, política e cultural de Portugal e do mundo. Uma sociedade de Paz e de justiça social para todos.