Sines PlenarioA calamidade social provocada pelas centenas de despedimentos no complexo industrial de Sines alastra-se a todo o Litoral Alentejano. Trabalhadores de diversas instalações industriais do concelho, como a Petrogal, a Repsol e o porto, decidiram realizar uma uma marcha pelo emprego, nas ruas de Sines, no próximo dia 21, informa a FIEQUIMETAL no seu site:

Pela defesa do emprego decidida marcha em

Num plenário que teve lugar na segunda-feira, dia 4, no Jardim das Descobertas, em Sines, foram exigidas respostas do Governo e da Câmara, para parar os despedimentos de várias centenas de trabalhadores com vínculos precários no complexo industrial. Foi decidido realizar uma marcha pelo emprego, nas ruas de Sines, no próximo dia 21.

Trabalhadores de diversas instalações industriais do concelho, como a Petrogal, a Repsol e o porto, corresponderam ao apelo do SITE Sul, dando sequência ao esforço de unidade e organização, para exigir melhores condições de trabalho e um efectivo combate à precariedade laboral, que só serve às grandes empresas para explorarem ainda mais quem trabalha.

Foram realizados plenários a 19 de Fevereiro, no salão da Música (Sociedade Musical União Recreio e Sport Sineense), e a 3 de Março, na portaria principal da refinaria. Teve de ser adiada uma terceira iniciativa, decidida para dia 3 de Abril.

A reunião desta segunda-feira, que decorreu respeitando as medidas de distanciamento e prevenção, foi muito marcada pela urgência de medidas, por parte do Governo e também da Câmara Municipal de Sines (no quadro das suas competências e como porta-voz junto de outras instâncias) para responder às centenas de despedimentos já concretizados, que estão a provocar uma calamidade social na região.

Com cerca de uma centena de participantes - entre os quais estiveram os coordenadores da Fiequimetal (Rogério Silva) e do SITE Sul (Eduardo Florindo), um dirigente do SITE CSRA (Dario Ferreira) e, em expressão de solidariedade, um deputado do PCP (Bruno Dias) - o plenário concluiu pela necessidade do alargamento da luta.

Foi salientado que este grave problema - para além das consequências directas que tem na vida dos trabalhadores despedidos, ou com o emprego permanentemente em risco, e nas suas famílias - afecta também a economia do concelho e de todo o Litoral Alentejano, em particularmente o pequeno comércio.

A par de medidas para salvaguarda do emprego e da economia, os trabalhadores e o seu sindicato exigem que seja assegurado o acesso ao subsídio de desemprego por parte de todos os que perderam o posto de trabalho.

Os contornos da Marcha pelo Emprego em Sines serão divulgados em breve pelo sindicato.