Com o banco de horas, que a administração da Galpgeste pretende aplicar depois de fechado o seu referendo, cada trabalhador ficará sujeito à possibilidade de oferecer ao patrão 150 horas de trabalho suplementar por ano, sem receber um único cêntimo a mais.


A Fiequimetal e os seus sindicatos recusam esta solução e apelam a todos os trabalhadores para que no referendo, marcado para dia 20, votem contra o banco de horas.

Num comunicado em distribuição esta semana, afirma-se que o banco de horas é um tipo de ferramenta de que a administração da Galpgeste pretende servir-se apenas e só para evitar pagar trabalho suplementar.

A empresa e o Grupo Galp Energia, de que faz parte, não têm qualquer necessidade de recorrer ao banco de horas, uma vez que o trabalho tem sido feito com recurso aos horários existentes.

Com a aplicação deste mecanismo, o trabalhador fica sem direito a decidir da sua vida, pois pode a qualquer momento ser sujeito ao agravamento de horário, sem a mínima hipótese de recusar a prestação de mais duas horas de trabalho diárias e podendo chegar a prestar 50 horas semanais.

Apesar de a administração afirmar que os prazos de informação sobre a necessidade de prestar ou gozar as horas são iguais para administração e trabalhadores, sabe-se que não é assim.

A administração poderá ficar com o poder absoluto de, através da pressão que poderá exercer sobre os trabalhadores, fazer estes aceitarem o que a empresa quiser.

FONTE: FIEQUIMETAL