TRABALHADORES DA ARMATIS PORTUGAL ESGOTAM PACIENCIA E SUSPENDEM «NAMORO» COM A EMPRESA COM GREVE NO DIA 14 DE FEVEREIRO

Foram várias as mensagens dos trabalhadores transmitidas à administração da Armatis a manifestar descontentamento pelo facto de há já alguns anos a valorização dos salários, subsidio de refeição e melhores condições de trabalho, não estar a ser considerado pela empresa, pelo contrário, tem reagido com imposição de mais responsabilidades e um maior ritmo laboral sem o justo reconhecimento pela atribuição das mesmas.

Com a realização de reuniões plenárias a motivarem o crescimento da mobilização, a pressão da reivindicação salarial aumentou e a Armatis ao invés de responder às aspirações concretas dos trabalhadores, engendra uma alteração artificial na estrutura remuneratória com a integração de subsídio de línguas e parcialmente o prémio de absentismo no salário fixo, considerando a empresa que desta forma estava superado o protesto dos trabalhadores.

Uma «manobra» enganadora, consideram os trabalhadores, uma vez que a remuneração global não altera, isto é, não acrescenta nenhum valor à base salarial e assim a Armatis continua a manter o congelamento do aumento dos salários e do subsídio de refeição, para além de que, com esta alteração artificial na estrutura remuneratória, a Armatis prepara-se para prosseguir com o congelamento da evolução salarial para os próximos anos.

O descontentamento dos trabalhadores agravou-se por entenderem não estar a ser considerado com seriedade a justa reivindicação face à elevada responsabilidade exigida nas suas funções, e como primeiro sinal desse descontentamento, decidiram marcar um dia de protesto com greve marcada para o próximo dia 14 de fevereiro, com a promessa de a luta continuar, caso a Armatis não tiver o bom senso de projectar um sinal positivo a reconhecer a razão dos trabalhadores.

Fonte: SINTTAV