material eléctrico e electrónicoNas empresas fabricantes de material eléctrico e electrónico (sector FMEE) são exigidos aumentos salariais dignos, diuturnidades para todos e a redução da carreira de operador especializado e de logística. As reivindicações constam num comunicado da Fiequimetal e seus sindicatos (SIESI, SITE CSRA, SITE Centro-Norte e SITE Norte), em distribuição aos trabalhadores.
22.2.2022

O patronato, com grande peso de multinacionais, apresenta-se como vítima de circunstâncias como a COVID-19 ou a falta de componentes, mas a realidade demonstra que os resultados foram francamente positivos para os accionistas, enquanto os trabalhadores ficaram com uma palmadinha nas costas.

No ano passado, as instruções da associação patronal ANIMEE sobre actualizações salariais, seguidas pelas empresas, representaram valores muito longe das reais necessidades dos trabalhadores e ficaram, até, aquém do aumento do custo de vida.

Com as actualizações do salário mínimo nacional, é preciso assegurar um aumento de 90 euros para todos, que afaste do SMN as remunerações praticadas neste sector tecnológico.

As perspectivas de produção existem, assim como existem lucros estáveis e crescentes.

O sector FMEE não pode crescer e cimentar-se sem uma real valorização de quem trabalha.

A redução da carreira de Operador Especializado e de Logística é adequada e justa.

As diuturnidades vêm trazer justiça aos anos de casa, ajudam a criar perspectiva de valorização aos mais jovens.

Num sector fustigado por doenças profissionais e com ritmos de trabalho alucinantes, os ritmos e os tempos de trabalho têm de ser repensados.

A redução gradual do horário de trabalho, para 35 horas semanais, vai diminuir a exposição ao risco de contracção de doenças profissionais e de acidentes de trabalho, baixando o absentismo. Além disso, permitiria um justo ganho de tempo, por parte dos trabalhadores, para a sua vida social e familiar.

Não se pode querer estar num mundo tecnologicamente futurista com políticas laborais do século passado.

Trabalhadores de uma série de empresas do sector conseguiram já, por força da sua luta, alcançar as diuturnidades para todos e a redução da carreira.

A reivindicação vai avançar, com a unidade e a organização dos trabalhadores nos seus sindicatos de classe.

Fonte: Fiequimetal