A CGTP-IN dirigiu uma carta de protesto ao Embaixador de Israel em Portugal pela continuada detenção nas cadeias de Israel de milhares de presos políticos palestinianos, muitos dos quais mulheres e crianças e particularmente dos que, tendo entrado numa prolongada greve de fome, correm iminente risco de vida.

A Central dirigiu também uma carta ao Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal apelando à intervenção do governo português para que Israel liberte, de imediato, os presos políticos palestinianos, particularmente os que se encontram presos sem acusação ou julgamento.

Abaixo, texto remetido ao Embaixador de Israel em Portugal e ao Ministro dos Negócios Estrangeiros

 

Exmo. Senhor
Ehud Gol
Embaixador de Israel em Portugal
Rua António Enes nº 16 – 4º N
1050-025 Lisboa


Ofº nº 322/2013/ARIACM/HD/Lisboa, 28 de fevereiro de 2013

Exmo.Sr. Embaixador de Israel em Portugal,

As autoridades israelitas continuam a manter nas suas prisões aproximadamente 5000 prisioneiros políticos palestinianos. Estes prisioneiros encontram-se detidos por resistirem à ocupação e à expansão israelita, designadamente através da colonização dos territórios palestinianos.
Muitos destes são mulheres e crianças e grande parte dos prisioneiros são detidos sob aquilo que é designado por prisão administrativa, através da qual o preso fica detido por tempo indefinido sem acusação, direito a julgamento ou assistência legal.
 
Israel comprometeu-se a libertar centenas destes prisioneiros após os acordos de Oslo e ainda não cumpriu cabalmente a sua obrigação.
Muitos destes prisioneiros foram de novo detidos, depois da sua libertação, na última troca de prisioneiros entre Israel e a Palestina. Israel quebrou, deste modo, o acordo assinado que previa esta troca e que foi supervisionado pelo Egipto.
 
Os casos mais preocupantes são os dos presos que deram início a uma greve de fome por vários dias, dos quais quatro decidiram mantê-la: Samer Issawi, Tariq Qadan, Jafar Ezzedine e Ayman Sharawna. Passados 7 meses de greve de fome, alguns destes presos encontram-se à beira da morte.

Infelizmente, o tribunal israelita decidiu mantê-los prisioneiros, apesar de todos os apelos das Nações Unidas e de várias organizações internacionais. 

Trata-se, Excelência, de uma questão de defesa dos direitos humanos, de defesa das próprias vida de prisioneiros de guerra, como é o caso dos detidos palestinianos, a quem se tem de aplicar o direito internacional e humanitário.
 
Em nome da CGTP-IN e dos trabalhadores que representamos no nosso país, apelamos à imediata libertação imediata destes presos, particularmente aqueles que se encontram ilegalmente encarcerados nas prisões israelitas, sem direito a acusação ou a julgamento. 

Pel’ A Comissão Executiva

Augusto Praça
Responsável de Relações Internacionais

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Exmo. Senhor
Ministro de Estado e dos
Negócios Estrangeiros
Largo do Rilvas
1399-030 Lisboa

Ofº nº 325/2013/ARIACM/HD/Lisboa, 28 de fevereiro de 2013

Como é do conhecimento de V. Exa., as autoridades israelitas mantêm nas suas prisões aproximadamente 5000 prisioneiros políticos palestinianos. Estes prisioneiros foram detidos por terem resistido à ocupação e colonização dos territórios palestinianos.
 
Entre os prisioneiros há mulheres, crianças e homens que foram detidos sob aquilo que é designado por prisão administrativa, através da qual o preso fica sob detenção por tempo indefinido sem acusação, direito a julgamento ou assistência legal.
 
Israel comprometeu-se a libertar centenas destes prisioneiros após os acordos de Oslo e ainda não cumpriu cabalmente a sua obrigação.
Muitos destes prisioneiros foram de novo detidos, depois da sua libertação, na última troca de prisioneiros entre Israel e a Palestina. Israel quebrou, deste modo, o acordo assinado que previa esta troca e que foi supervisionado pelo Egipto.
 
Os casos mais preocupantes são os dos presos que deram início a uma greve de fome por vários dias, dos quais quatro decidiram mantê-la: Samer Issawi, Tariq Qadan, Jafar Ezzedine e Ayman Sharawna. Passados 7 meses de greve de fome, alguns destes presos encontram-se à beira da morte.

 Infelizmente, o tribunal israelita decidiu mantê-los prisioneiros, apesar de todos os apelos das Nações Unidas e de várias organizações internacionais. 

Trata-se de uma questão de defesa dos direitos humanos, de defesa das próprias vida de prisioneiros de guerra, como é o caso dos detidos palestinianos, a quem se tem de aplicar o direito internacional e humanitário.
 
Em nome da CGTP-IN e dos trabalhadores que representamos no nosso país, apelo a V. Exa. para que faça esforços no sentido de que Israel liberte, de imediato, todos os prisioneiros e, particularmente, aqueles que se encontram presos sem acusação ou julgamento.

Na expectativa de uma rápida intervenção do Governo, apresentamos os melhores cumprimentos,


Arménio Carlos
Secretário-geral