Nos sectores do âmbito sindical da Fiequimetal, estão identificados, como eixos centrais para o desenvolvimento da acção reivindicativa, o aumento dos salários, a valorização das carreiras, o reconhecimento do desgaste rápido nos sectores da indústria, a redução do horário de trabalho e a sua regulação.
A Fiequimetal propõe o aumento dos salários em 15 por cento, garantindo um mínimo de 150 euros, com produção de efeitos a 1 de Janeiro de 2026. Sem prejuízo de valores mais elevados que já são praticados, o salário mínimo de admissão nas empresas deve ser fixado em 1050 euros, em 1 de Janeiro de
2026.
Encontro nacional
As orientações para a política reivindicativa anual da federação e dos sindicatos filiados foram aprovadas no dia 23, num Encontro Nacional de dirigentes e delegados sindicais, na Marinha Grande.
Na Resolução ali aprovada — e que aqui publicamos na íntegra — assinala-se que é cada vez mais sentida a degradação das condições de vida e de trabalho da maioria da população, com salários e pensões que não garantem uma vida digna e que são muito insuficientes para cobrir os custos de habitação, alimentação e serviços essenciais.
Como resultado da política de direita, realizada por sucessivos governos, os níveis de exploração de quem trabalha e a crescente concentração da riqueza causam profundas desigualdades sociais.
O Governo, com o seu anteprojecto de revisão da legislação laboral, fez uma declaração de guerra aos trabalhadores. Todas as mais de 100 propostas de alteração vão no sentido da retirada de direitos dos trabalhadores e procuram, simultaneamente, enfraquecer a sua capacidade de luta.
A actual situação coloca mais dificuldades a quem vive do seu trabalho. Por isso, é fundamental ouvir, esclarecer, organizar e unir os trabalhadores, na defesa dos seus interesses e direitos, pela melhoria das suas condições de vida, pela implementação de uma política que promova e garanta o aumento geral e significativo dos salários e a subida das pensões, trabalho com direitos, o fim da precariedade, a redução do horário de trabalho e a sua regulação, o direito de contratação colectiva e da actividade sindical.
É neste contexto que, nos sectores da Fiequimetal, são identificados quatro eixos centrais para o desenvolvimento da acção reivindicativa:
- O aumento dos salários, enquanto elemento que permitirá fazer face ao brutal aumento do custo de vida, dinamizar a procura interna e criar mais emprego;
- A valorização das carreiras, aproveitando todo o potencial tecnológico existente, a aquisição dos conhecimentos profissionais, para diminuir o tempo que permita alcançar o topo da carreira profissional e valorizar as profissões e os salários;
- O reconhecimento do desgaste rápido nos sectores da indústria, exigindo, simultaneamente, investimento na melhoria das condições de trabalho e a antecipação da idade da reforma;
- A redução e regulação do horário semanal de trabalho, para permitir a conciliação da actividade profissional com a vida pessoal, familiar e social dos trabalhadores.
— Resolução aprovada no Encontro Nacional