Oito dos nove sindicatos das empresas MEO/Altice reuniram, nas duas primeiras semanas de Outubro, para analizarem alguns dos temas actuais, e que implicam com a vida e direitos dos trabalhadores.
Das situações abordadas foram tiradas conclusões e decididas medidas a seguir na salvaguarda dos direitos dos trabalhadores.
As convergências agora alcançadas, e aqui reproduzidas, têm, nos superiores interesses dos trabalhadores, a sua mais simples razão de ser.
SAÍDAS VOLUNTÁRIAS ?
Cerca de 1000 trabalhadores já saíram (reforma/aposentação, pré-reforma ou Rescisões por Mútuo Acordo), ou vão sair nos próximos meses, a grande maioria até 31 de Dezembro.
Numa reunião com a DPE, em 29 de Setembro, os representantes das empresas foram confrontados pelos sindicatos com relatos de práticas já conhecidas, de pressões, assédio e intimidação que tinham sido feitas, ou estavam a ser utilizadas, para forçar os trabalhadores a aderir às saídas, nestes casos só tidas como “voluntárias”, de que são exemplos os 66 trabalhadores que vão mudar de funções, para menos qualificadas que as actuais, de local de trabalho, e passando a ter horários fixos a cumprir, abandonando a flexibilidade de horários até essa data mantida.
A DPE informou desconhecer qualquer tipo de assédio aos trabalhadores em condições de saírem da empresa, e aderirem ao programa anunciado, e que não o tenham querido fazer.
INÍCIO DO PROCESSO NEGOCIAL PARA 2026
A DPE informou os sindicatos de que o início das negociações salariais para 2026 ocorrerá, ou na última semana de Novembro, ou na primeira de Dezembro.
Os 8 sindicatos aqui signatários já começaram a elaborar uma proposta, e a respectiva fundamentação económica, a ser apresentada nos próximos dias, de que será elaborado comunicado a informar os trabalhadores.
O aumento geral e significativo de todos os salários não pode continuar a ser mais adiado, nem condicionado a falsas justificações de “produtividade” ou “crise e incerteza”, que não são mais que escapatórias para justificar aumentos zero, como aconteceu em 2025.
Não adianta lançar poeira para os olhos dos trabalhadores. O sindicato que aceitou os “ZERO
%” de aumentos, tem passado o tempo a falar de EBITA para cá, EBITA para lá, tentando justificar-se com a sua lenga lenga da distribuição de parte da receita da empresa para os trabalhadores. Feitas as contas, aquela lenga lenga representa igualmente “ZERO %”.
FUNDO ESPECIAL DE MELHORIA DA RADIO MARCONI
Todas as organizações representativas dos trabalhadores das empresas MEO/Altice Portugal, SINTTAV, STPT, SINDETELCO, SNTCT, STT, TENSIQ, SICOMP, SERS e SINQUADROS
solicitaram, com caráter de urgência, reuniões a todos os grupos parlamentares, para discutir a situação dos cerca de 700 reformados da ex-Marconi, que arriscam perder 15% do valor calculado sobre a pensão inicialmente atribuída, e invariável no futuro, devido ao esgotamento
