A CGTP-IN saúda a Federação Sindical Mundial (FSM) pelo seu 77º aniversário e pela realização do Dia de Acção Internacional que convocou para o dia 3 de Outubro.

Este dia internacional de acção dos trabalhadores surge em resposta às políticas das potências capitalistas, que impõem ao mundo a guerra, sanções, inflação e aumentos de preços da energia e de outros bens essenciais, ataque a direitos fundamentais, causando imensa destruição, fome e desemprego, aumentando a exploração e o empobrecimento de milhões de trabalhadores. Um pouco por todo o mundo os trabalhadores resistem e reivindicam o aumento dos salários e das pensões, defendem a contratação colectiva e os direitos sindicais, querem parar as guerras e defendem o diálogo, a paz e a cooperação, combatem contra o racismo e a xenofobia, defendem rumos de justiça social. Objectivos que são partilhados pela CGTP-IN e com os quais converge o mês de acção e luta que os trabalhadores portugueses estão a desenvolver nas empresas, nos locais de trabalho e na rua.

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A CGTP-IN junta forças a todos os que um pouco por todo o mundo lutam, contribuindo para esse esforço internacionalista com a intensa e diversificada luta que os seus sindicatos desenvolvem a partir dos objectivos traçados pelo Conselho Nacional na convocação um mês de “Mobilização e Luta”, de 15 de Setembro a 15 de Outubro, sob o lema “Aumento dos salários e pensões – emergência nacional! Contra o aumento do custo de vida e o ataque aos direitos.”. A partir dos locais de trabalho, empresas e sectores, com a realização de plenários, concentrações, manifestações e greves, e com a realização de uma acção convergente no dia 15 de Outubro, tendo como ponto alto as manifestações em Lisboa e no Porto, pela exigência da resposta imediata às reivindicações dos trabalhadores, designadamente:

· aumento dos salários de todos os trabalhadores em 90€; aumentos extraordinários, mesmo dos salários que foram actualizados, mas cuja revisão já foi absorvida pela inflação; aumento extraordinário do Salário Mínimo Nacional, fixando-o nos 800€, com efeitos imediatos;

· aumento extraordinário de todas as pensões e reformas que reponha o poder de compra e assegure a sua valorização; aumento das prestações de apoio social; revogação das normas gravosas da legislação laboral;

· fixação de limites máximos nos preços dos bens e serviços essenciais; aplicação de um imposto que incida sobre os lucros colossais das grandes empresas.

· Porque é urgente valorizar o trabalho e os trabalhadores e exigir uma política que garanta um futuro melhor num país desenvolvido, uma política que dignifique quem trabalha e produz a riqueza.

Uma acção de mobilização e luta que está a ser bem-sucedida, reforçando o caudal crescente de lutas dos trabalhadores e a resistência de massas contra a ofensiva do grande capital que se desenvolve em todo o mundo, apesar do silenciamento da comunicação social dominante.

Reiterando o seu estatuto de não-filiação mundial, a CGTP-IN manifesta o seu empenho no aprofundamento das relações de amizade e cooperação que mantém com a FSM, as organizações nela filiadas e amigas, em defesa dos interesses de classe dos trabalhadores e da unidade das forças anti-imperialistas.