É preciso contrariar e fazer o devido esclarecimento sobre a narrativa veiculada por alguns órgãos de comunicação social de que o poder de compra das pensões aumentou 9,8% entre 2015-2024.
Desde logo, a comparação é selectiva e, ainda assim, incorrecta e carece de rigor. O poder de compra das pensões, entre 2011 e 2025, nas pensões até 683€, aumentou 22,5%, nas pensões entre 683€ e 858€, aumentou 21% e nas pensões entre 858 € e 886€, aumentou 19,6%.
Como a inflação entre 2011-2025 foi 31,4%, nenhum destes reformados e pensionistas viu aumentado o poder de compra das suas pensões.
E não é o Suplemento Extraordinário das Pensões, atribuído em Setembro, de forma ocasional, que responde a um problema estrutural e permanente que são as baixas pensões.
Quando existe cerca de 1 milhão de reformados com pensões até 510€, o que é verdadeiramente necessário é o aumento real das pensões, a efectiva valorização do seu poder de compra, fazendo justiça a quem trabalhou e descontou uma vida inteira. A luta continua já na Marcha Nacional – Contra o Pacote Laboral - 8 Nov. - Lisboa

IR/CGTP-IN
28.10.2025