A CGTP-IN saúda a luta dos trabalhadores do Jornal de Notícias, que estão em greve esta quinta-feira, pela defesa dos seus postos de trabalho.

O Global Media Group (que detém marcas de grande relevância no panorama dos Media em Portugal), anunciou que vai avançar com “um processo de reestruturação de negociação de acordos de rescisão, com caráter de urgência, num universo entre 150 e 200 trabalhadores”, na prática um despedimento coletivo encapotado.

A concentração da propriedade de empresas de comunicação social, a crescente presença de capital estrangeiro e da banca nas estruturas accionistas, a concentração da publicidade e a sua influência na sustentabilidade dos órgãos de comunicação social aceleraram a comercialização da informação (espectáculo, negócio). É claro o seu domínio nos mais influentes órgãos de comunicação social, em prejuízo da informação séria e independente. Estes factos estão presentes no tratamento de certos temas, na exploração dos trabalhadores, na precarização da profissão, na submissão aos seus interesses de classe, aos interesses económicos, na lógica perversa da concorrência de mercado, baseada na oferta de baixa qualidade e no sensacionalismo.
 
Pela primeira vez em 35 anos, o Jornal de Notícias, hoje, não esteve nas bancas. Porque estes jornalistas e restantes trabalhadores estão a defender o jornalismo, uma região, a coesão do país e a Democracia. 

A CGTP-IN afirma estar solidária com as lutas prosseguidas e exorta os trabalhadores a participar empenhadamente na defesa dos seus justos direitos e reivindicações, na certeza de que estas suas lutas também são a luta dos trabalhadores e da população portuguesa.

DIF/CGTP-IN
07.12.2023