Na reunião negocial realizada no dia 25 de janeiro a “montanha pariu um rato”. O Conselho de Administração (C.A.) da Carris evoluiu 2 € na sua proposta salarial, de 52 € passou para 54 €. Ou seja, não só insiste em reduzir o nosso poder de compra, como persiste em desconsiderar os trabalhadores.

É inadmissível que uma empresa que apresenta lucros, promova a gratuitidade no transporte publico para os jovens e idosos e faz investimentos vultuosos na renovação da frota, continue a tratar os seus trabalhadores como “enteados” e a insultá-los com as propostas que apresenta.

É vergonhoso que o executivo da Câmara Municipal de Lisboa, enquanto acionista da da Carris, invista mais de 5 milhões de euros num palco para um dia das Jornada Mundial da Juventude e continue de costas voltadas para aqueles que, durante o evento, vão transportar as centenas de milhares de jovens que estarão em Lisboa.

O STRUP/FECTRANS considera importante a realização deste evento e a presença do Papa Francisco em Portugal, mas não aceita que os profissionais da Carris sejam tratados como “filhos de um deus menor”.

Assim, se na próxima reunião do dia 7 de fevereiro o C.A. não evoluir significativamente na sua posição, é chegado o momento dos trabalhadores avançarem para a luta, pela valorização dos seus salários e direitos e a defesa da sua dignidade.

Fonte: FECTRANS