A Fiequimetal e os seus sindicatos não aceitam que a administração da EDP continue a propor 2,5 por cento, com o mínimo de 30 euros. Pela valorização dos trabalhadores, estão marcados para dia 9: uma vigília na sede, em Lisboa, uma concentração no Porto, e plenários à porta de vários locais de trabalho.

Integrando-se no Dia Nacional de Indignação, Protesto e Luta, convocado pela CGTP-IN para 9 de Fevereiro, na jornada na EDP destacam-se:

— concentração-plenário, às 11h00, junto do Edifício EDP no Porto (Rua Ofélia Diogo da Costa);

— vigília, a partir das 16h30, em Lisboa, junto da sede da EDP (Av. 24 de Julho).

Valorizar faz falta
 
Na última reunião de negociação da revisão salarial, dia 25, a federação reafirmou a necessidade urgente de aumento salarial, reiterando a proposta de 150 euros para todos os trabalhadores.

A manutenção da proposta patronal de 2,5 por cento, com o mínimo de 30 euros, não faz sentido e não faz prever nada de bom nem de rápido - alerta a Comissão Intersindical da Fiequimetal (SIESI, SITE CSRA, SITE Centro-Norte e SITE Norte), numa informação aos trabalhadores.

Para parar a perda de poder de compra, a administração tem de valorizar os trabalhadores.

Uma empresa de referência no plano nacional — e que tanto apregoa ter renovado o «top employer» — não se pode dar ao luxo de maltratar os trabalhadores.

A manobra do prémio

A proposta da administração só foi apresentada no dia 18, depois de um adiamento inexplicável do início de negociações.

Para a Fiequimetal — como se afirmou numa informação divulgada nesse dia — o valor de 2,5 por cento, com um mínimo de 30 euros, é péssimo para o início da negociação.

A EDP tem condições financeiras para propor números que valorizem verdadeiramente os seus trabalhadores, permitindo-lhes fazer face ao aumento do custo de vida e contrariar a perda do poder de compra.

Ao pretender, na negociação, apresentar como «prémio» uma distribuição de lucros, que teria o mínimo de 600 euros, a administração visa apenas mascarar o facto de querer manter a política de não valorização dos aumentos salariais.

Não são prémios que resolvem os problemas, pois são pagos uma vez e só são quando a empresa quer. A valorização salarial é fundamental para a vida dos trabalhadores, no presente e no futuro.

FONTE: FIEQUIMETAL