A Fiequimetal e o STAL chegaram a acordo com a administração do Grupo Águas de Portugal, para aumentos salariais imediatos, com efeitos a Janeiro deste ano, a par de valorização por antiguidade e conclusão, em breve, das reclassificações (efeitos a 1 de Janeiro de 2022). 

Foram acordados aumentos de 70 euros, nos escalões mais baixos (entre M7 e J2), de 52 euros, nos escalões entre J3 e F5 e de dois por cento, nos escalões superiores (entre F6 e A5).

O vencimento-base mais baixo passará a ser de 830 euros (9,2% acima do salário mínimo nacional). A base da carreira passará a ser de 944 euros, para técnicos, e de 1320 euros, para técnicos superiores (alinhada com a Administração Pública).

Fechado, no dia 3, este acordo, que garante a valorização salarial este ano, vai arrancar, a 5 de Abril, o processo de revisão do Acordo Colectivo de Trabalho, com base na proposta apresentada pelo STAL e a Fiequimetal, dando prioridade às questões relativas às carreiras e à tabela salarial.

AdP podia mais

O acordo alcançado representa um primeiro passo no sentido de se garantir a devida e justa valorização dos trabalhadores das empresas do Grupo AdP, que – apesar do empenho, da dedicação e do profissionalismo – viam o seu reconhecimento tardar e ficar sistematicamente adiado. Por este motivo, o descontentamento e o protesto foram alastrando e tiveram clara expressão nas greves realizadas a 30 de Junho (com concentrações e desfiles em Lisboa, em Vila Real, em Aveiro, em Coimbra e em Portalegre) e a 13 de Dezembro.

Apesar de o presente acordo constituir um passo importante no reconhecimento profissional e no respeito pela dignificação dos trabalhadores do Grupo AdP, os valores deveriam ter ficado mais perto do que seria justo, neste período marcado pelo aumento brutal do custo de vida e num grupo que, em 2021, obteve lucros de mais de 83 milhões de euros.

Fonte: Fiequimetal