Semana de Luta dos trabalhadores da Higiene Urbana da CML (29 de maio a 2 de junho)

Há muito que os trabalhadores da limpeza e higiene urbana do município de Lisboa exigem respostas do actual Executivo municipal para um conjunto de problemas que os afetam diariamente nas suas condições de trabalho e de vida. Problemas que naturalmente também influenciam negativamente a qualidade do serviço público que pode e deve ser prestado numa área de atividade tão importante e sensível para a cidade e a população de Lisboa.

Em maio de 2022, o STML entregou ao Presidente da CML o Caderno Reivindicativo deste sector de actividade. Passado quase um ano sem obter respostas, a 26 de abril último, voltamos a entregar ao Presidente Carlos Moedas uma resolução com os principais problemas aos quais se exigiam, uma vez mais, respostas urgentes. Contudo, das reuniões que se vão realizando entre o STML e os responsáveis políticos e hierárquicos da autarquia, pouco ou nada se vai adiantando no concreto, face às reivindicações e expectativas dos trabalhadores. Desse conjunto de reivindicações ainda sem resposta, destacamos a título de exemplo, as seguintes:

• Respeitar o princípio de que um trabalhador acidentado só deve regressar ao serviço depois de totalmente apto;

• Atribuição do descanso compensatório para os cantoneiros de dia;

• Acabar com os castigos informais e pôr termo ao assédio laboral que se verifica em alguns locais de trabalho da higiene urbana;

• Abertura dos espaços de toma de refeições em todas as instalações da higiene urbana;

• Melhorar as condições de trabalho no campo da manutenção e conservação do edificado;

• Organizar os circuitos de remoção de forma a pôr termo aos desequilíbrios atuais;

• Contribuir para uma melhor conciliação da vida profissional com a vida pessoal e familiar, nomeadamente no respeito pelo direito de negociação na marcação de férias, além de acabar com as mudanças abruptas de local de trabalho sem considerar as responsabilidades pessoais e familiares dos trabalhadores;

• Permitir a realização de formação profissional para todos os trabalhadores;

• Assumir a feitura de escalas equitativas, justas e transparentes;

• Gozo das folgas e férias acumuladas.

Na semana de 29 de maio a 2 de junho, os trabalhadores da limpeza e higiene urbana farão paralisações de duas horas em todos os horários de trabalho e em todas as instalações deste setor de atividade. Em síntese:

• Dia 29 de maio, trabalhadores do Centro Operacional de Remoção (COR) e da Unidade de Higiene Urbana (UHU) de Telheiras, estarão concentrados à porta das respectivas instalações entre as 06h00 e as 08h00; as 13h00 e as 15h00; e as 23h00 e a 01h00.

• Dia 30 de maio, será a vez dos trabalhadores das UHU da Filipe da Mata e da UHU dos Olivais, paralisarem nos mesmos horários, sempre à porta das suas instalações.

• Dia 1 de junho, será a vez dos trabalhadores do Núcleo Operacional de Remoção (NOR) e da UHU da Boavista, em moldes idênticos.

• Dia 2 de junho, por fim, serão os trabalhadores da UHU do Restelo e do PL do Valsassina, estes últimos das 07h00 às 10h00 e das 13h00 às 15h00, que irão paralisar, concentrando-se igualmente à porta dos seus locais de trabalho.

Esta semana de paralisações, procura no essencial exigir à CML respostas sérias, objectivas e visíveis, com prazos e garantias de resolução aos problemas e reivindicações supramencionados. Fonte: STML