Ao recusarem inequivocamente o banco de horas, no referendo como nos plenários, os trabalhadores da Horse Aveiro, com unidade e força na luta, mostraram à administração a sua firmeza na defesa dos seus direitos e que não aceitam o regresso aos métodos patronais que suscitaram as greves de 2019.

Em Novembro de 2019, os trabalhadores desta fábrica do Grupo Renault (então ainda denominada CACIA) realizaram três dias de greve, motivados pela falta de resposta às suas legítimas reivindicações, contra a pressão patronal exercida sobre eles, contra os ritmos de trabalho elevados e contra o clima social tóxico fomentado pela administração.

Ao longo dos anos, como lembrou o SITE Centro-Norte, a fábrica tem gerado fantásticos lucros e tem sido reconhecida e distinguida, tanto a nível do Grupo Renault, como a nível social e laboral, por boas práticas na igualdade salarial entre mulheres e homens.

Já no que toca à satisfação dos trabalhadores, o quadro não é positivo, como mostrou uma consulta recente, realizada por inquérito interno.

O descontentamento geral dos trabalhadores da Horse Aveiro ficou patente nos plenários que tiveram lugar nos dias 15 e 17 de Maio, e nos quais mereceu condenação geral a tentativa patronal de imposição de uma maior "flexibilização" dos horários de trabalho. Esta medida só serve os interesses da empresa e vai desregular a vida pessoal, familiar e social dos trabalhadores.

Mas a administração decidiu submeter o banco de horas a referendo, realizado nos dias 23 e 24 de Maio.

O resultado deste referendo foi o reflexo da posição dos trabalhadores nos plenários: um firme "Não!".

Fonte: Fiequimetal

20250615horse aveiro