catalunhaA aplicação de pesadas penas de prisão efectiva a dirigentes de forças políticas, a membros e ex-membros do parlamento e governo regional pela sua participação no referendo sobre a auto-determinação da Catalunha a 1 de Outubro de 2017, teve como consequência a realização de grandes mobilizações de contestação por parte das organizações cívicas, políticas e sindicais da Catalunha.

Sendo uma situação que tem fundas raízes históricas e de natureza político-constitucional, no que respeita ao relacionamento entre o Estado Espanhol e a Catalunha, a CGTP-IN considera que os problemas políticos devem resolver-se pela via do diálogo e da negociação e nunca pela via da judicialização, da violência e da repressão policial. Neste quadro a evolução do processo não pode deixar de ter presente a necessidade de anulação das penas e condenações, o aprofundamento do diálogo e a vontade maioritária do povo catalão.

No momento em que diversas forças da Catalunha– sindicais, sociais e populares – promovem greves ou mobilizações, a CGTP-IN manifesta a sua solidariedade a todos os que lutam contra a repressão e violência por parte do Estado Espanhol.

A complexidade do momento que se vive na Catalunha justifica a adopção de medidas que assegurem o diálogo aos mais diferentes níveis da representação política e combatam a instrumentalização de sentimentos nacionalistas e ideias de sectores fascistas/franquistas que durante anos oprimiram e atacaram os povos de Espanha.

DIF/CGTP-IN

Lisboa, 21.10.2019