Israel intensifica e agrava o genocídio, mantendo o cerco marítimo, aéreo e terrestre, com o impedimento da entrada de ajuda humanitária e dando continuidade aos assassinatos na faixa de Gaza.
Nas últimas horas Israel isolou a cidade de Gaza, o maior centro urbano do território. Os bombardeamentos intensificam-se no norte da cidade, empurrando os palestinianos para fora da cidade. As últimas estradas de acesso livre à cidade estão fechadas, impedindo o retorno da sua população, e o governo israelita não tem pejo em ameaçar a população de Gaza, declarando que todos os que permanecerem na cidade serão considerados terroristas. Assim, Israel pretende consumar o genocídio e a ocupação da Faixa de Gaza e a limpeza étnica do território, dando lastro aos seus planos de anexação, respaldados pelos EUA, e a inviabilização da criação de um estado da Palestina livre, independente e soberano.
Na mesma madrugada em que Israel assassinou 70 pessoas em Gaza, a somar aos mais de 65 mil mortos, atacou mais uma missão humanitária, apreendendo embarcações da flotilha Global Sumud e detendo os seus tripulantes, entre eles três portugueses. O governo português tem de ter uma posição firme de condenação deste acto ilegal e garantir a segurança dos cidadãos nacionais a bordo. Nos últimos anos Israel atacou várias missões marítimas a Gaza, chegando mesmo a assassinar 9 tripulantes em 2010, sem que houvesse responsabilização sobre estes actos.
É necessário acabar com a impunidade de Israel que conta com o apoio inquebrável dos Estados Unidos da América – que com o seu “plano de paz” garante o avanço do imperialismo na região – e a conivência da NATO e da União Europeia.
Urge por isso o reforço da solidariedade com o povo palestiniano. Redobra a importância e a pertinência a campanha de solidariedade com o povo palestiniano “Todos pela Palestina! Fim ao Genocídio! Fim à Ocupação!”, com acções em todo o país – desde já com o desfile em Lisboa no dia 18 de Outubro, às 15h – culminando nas manifestações em Lisboa e Porto no dia 29 de Novembro, Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano. Este é o tempo de reafirmar a defesa de um estado palestiniano livre, independente e soberano, o direito de retorno dos refugiados – como ditam as sucessivas resoluções das Nações Unidas –, a exigência do fim do genocídio e da ocupação Luta que conta e exige o contributo inestimável dos trabalhadores e do povo português.
INT/CGTP-IN
02.10.2025
Solidariedade e Paz
Fim ao genocídio! Fim à ocupação!
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