libertadOs portugueses e portuguesas abaixo-assinados expressam a sua solidariedade com Takbar Haddi, mãe saarauí que exige que lhe entreguem o corpo do seu filho, Mohamed Lamine Haidala, que foi assassinado nos territórios saarauís ocupados pelo Reino de Marrocos, na sequência de uma agressão por um grupo de colonos marroquinos.

Takbar Haddi, que se encontra em greve de fome desde o passado dia 15 de Maio, frente ao Consulado do Reino de Marrocos, em Las Palmas, nas Ilhas Canárias, exige o direito que se efectue uma autópsia ao seu filho para determinar as causas da morte, o que as autoridades do Reino de Marrocos recusam.

Face a esta condenável atitude das autoridades do Reino de Marrocos, os abaixo-assinados expressam a exigência da entrega do corpo de Moahamed Lamine Haidala a sua mãe e apelam ao Governo português para que interceda neste sentido.

Reiterando a sua continuada solidariedade com o povo saarauí, que vive há décadas sob a ocupação do Reino de Marrocos, onde é sujeito, para além dos assassinatos, a espancamentos e prisões arbitrárias, ou forçado ao exílio, como acontece nos campos de refugiados, os subscritores consideram que uma solução justa para o Saara Ocidental exige:

A instalação de um mecanismo permanente da ONU para o acompanhamento do respeito dos direitos humanos do povo saarauí nos territórios ocupados; A libertação dos presos políticos saarauís nas prisões marroquinas; O respeito pelo inalienável direito à auto-determinação do povo saarauí; O fim da ocupação marroquina do Saara Ocidental;

O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), a CGTP-IN e um conjunto de organizações portuguesas de defesa da paz, cooperação e solidariedade consideram que o Governo português deve tomar uma posição clara contra as agressões do Reino de Marrocos ao povo saarauí e de exigência do cumprimento das deliberações da ONU quanto ao Saara Ocidental.