Numa altura em que o desemprego aumenta brutalmente, atingindo XX% da população, são cerca de meio milhão os jovens até aos 35 anos que estão desempregados, representando assim 59% do total dos trabalhadores que se encontram neste difícil situação.
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Moção

Numa altura em que o desemprego aumenta brutalmente, atingindo XX% da população, são cerca de meio milhão os jovens até aos 35 anos que estão desempregados, representando assim 59% do total dos trabalhadores que se encontram neste difícil situação.

Esta preocupante e crescente quantidade de desemprego em Portugal, fruto das políticas de direita deste Governo PSD-CDS/PP, está a conduzir o país a uma evidente desgraça. Ao mesmo tempo que promovem o desemprego, cortam na protecção social aos desempregados, retirando assim os rendimentos aos trabalhadores, deixando-os assim na miséria e a passar necessidades.

Não é só o desemprego que aflige os jovens trabalhadores, os salários são baixos. Hoje em dia, os cerca de 400 mil trabalhadores que ganham o Salário Mínimo Nacional, na sua maioria jovens e mulheres, vivem com rendimentos abaixo do limiar da pobreza, sendo que com os devidos descontos, quem ganha o SMN leva para casa 432€ e o valor do limiar da pobreza em Portugal é 434€.

A somar a isto temos o emprego com vínculos precários, na sua grande maioria ilegais, com é o exemplo dos falsos recibos verdes ou a ocupação do posto de trabalho efectivo com contractos temporários.

Temos ainda o brutal aumento do custo de vida, nomeadamente na habitação, agora agravado com a recente alteração à lei dos arrendamentos, que não passa de uma “lei de despejos fáceis” e de aumento das rendas, impedindo assim que os jovens saiam de casa dos pais e que possam constituir família e realizar os seus próprios objectivos.

O ataque aos direitos não fica por aqui, este Governo de direita, ao pretender acabar com as funções e responsabilidades sociais do Estado, tão necessárias à população, condiciona o acesso à saúde, à habitação, à educação, à alimentação e muito mais.

Os Jovens trabalhadores, estão aqui hoje na Praça de Camões, porque não se conformam nem aceitam estas políticas de direita que nos tentas impor, sim que nos tentam impor, porque apesar de nos quererem mentalizar e convencer que estas medidas são inevitáveis e que até já estão em vigor, nós dizemos não! Estas politicas não servem os trabalhadores nem o País, servem apenas o grande capital, os grandes senhores do dinheiro, aqueles monopolistas desenfreados e em nome da ganância nos querem explorar e pôr na miséria.  

Os jovens trabalhadores não aceitam esta política nem este pacto de exploração e empobrecimento, não aceitamos que nos retirem os nossos direitos, que foram conquistados por gerações lutadoras, que não queriam que nós vivêssemos sem trabalho, sem casa, sem educação e sem pão.

Perante esta realidade imposta por uma política de agressão, de roubo nos salários e de tentativa de corte geracional nos direitos. Perante uma política de intensificação do desemprego, da precariedade, da injustiça e de incentivo ao abandono do país, no dia 28 de Março, assinalou-se o dia nacional da juventude, dia em que os jovens portugueses há 65 anos decidiram enfrentar de forma corajosa o fascismo e assumir nas suas mãos os destinos das suas vidas e luta que nós, os jovens saudamos e iremos sem vacilar daremos continuidade.

Temos o direito de estar sindicalizados, de intervir activamente dentro dos nossos locais de trabalho, travando a eliminação e violação de garantias e direitos laborais e sociais, exigindo a resolução dos problemas que enfrentamos todos os dias e rejeitando as medidas que tem conduzido à destruição da nossa vida.

Porque este país também é para jovens, afirmamos:

 - Um forte combate à precariedade e ao desemprego, pelo trabalho digno com direitos!

 - A exigência de que a um posto de trabalho permanente, corresponda um vínculo de trabalho efectivo, rejeitando as propostas deste governo que promovem a precariedade ao incentivarem a contratação a prazo através do financiamento dos salários com dinheiros públicos.

 - A exigência de horários de trabalho dignos que nos permitam ter uma vida pessoal, rejeitando a imposição do banco de horas, o trabalho gratuito durante os dias de folga e os feriados, a redução em 50% do pagamento do trabalho extraordinário e a eliminação dos descansos compensatórios.

 - Reafirmamos a importância do aumento real dos salários, nomeadamente, a actualização do salário mínimo nacional, começando com a proposta de aumento de 1 euro por dia.

Participaremos, trazendo mais amigos, nas comemorações do 25 de Abril e na grande jornada de luta e afirmação que é o 1º de Maio denunciando as injustiças, mostrando assim que estamos disponíveis com força, vontade, conhecimento e criatividade suficiente para ajudar a construir um país com futuro.

“Não desarmamos” porque temos o direito de exigir uma vida melhor, temos o dever de rejeitar um conjunto de medidas que nos empobrecem e atacam a soberania do nosso país, destruindo a nossa produção, o acesso aos serviços públicos aos direitos mais básicos como o Trabalho, a Habitação, a Cultura, a Educação e a Saúde.