igualdadeEm Portugal, ano após ano, as mulheres trabalhadoras continuam, ilegalmente, a ser discriminadas nos salários. Na teoria ninguém está de acordo com isso, mas a realidade mantém-se.

Se a contratação colectiva de trabalho não estivesse bloqueada pelas associações patronais, os Sindicatos poderiam exercer, livremente, este direito que é seu e assim fazer valer na prática, o “salário igual para trabalho igual ou de valor igual”.

Se a proposta sindical de aumento geral dos salários, no sector público e no sector privado, fosse atendida pelo Governo e pelos patrões, o fosso salarial entre mulheres e homens seria reduzido e eliminado.

Se o Salário Mínimo Nacional (SMN) crescesse, a curto prazo, para os 850€, a disparidade salarial seria menor, pois são as mulheres as mais abrangidas pelo SMN.

Quando estes “ses” forem tidos em conta, estaremos realmente a contribuir para erradicar as discriminações salariais entre homens e mulheres e esta data que hoje se assinala não teria razão de existir pois a igualdade remuneratória, para trabalho igual ou de igual valor, seria uma realidade.

É por esta realidade que continuamos a reivindicar e a lutar todos os dias.

DIF/CGTP-IN
Lisboa, 10.11.2020