Trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa estarão em greve no próximo dia 9 de  fevereiro de 2023 e irão concentrar-se no Largo Trindade Coelho, Lisboa, pelas 11 horas para exigir:

→ Atualização anual de salários para todos;

→ Descongelamento das progressões e contagem de todo o tempo para o seu efeito;

→ Uma diferenciação significativa entre níveis das tabelas salariais e entre as diferentes tabelas; → Reforço de pessoal;

→ Revisão de carreiras e do seu enquadramento profissional;

→ Uma contratação coletiva que valorize e reforce os direitos dos trabalhadores; → Melhores condições de trabalho.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa insiste na política de baixos salários e de desvalorização do trabalho e dos seus trabalhadores.

Pela primeira vez, a Administração da SCML decidiu igualar a retribuição mínima na instituição ao Salário Mínimo Nacional e fê-lo, novamente, sem atualizar o salário de todos os restantes trabalhadores com Contrato Individual de Trabalho. Em resultado disso, existem trabalhadores com 30 anos de serviço a receber o mesmo que um trabalhador que inicie hoje as mesmas funções. Num contexto macroeconómico cada vez mais desfavorável, de diminuição do poder de compra, aos que asseguram diariamente aquela que é a Missão da SCML, que é a “procura a realização da melhoria do bem-estar da pessoa no seu todo, prioritariamente dos mais desprotegidos”, é lhes exigido cada vez mais, em piores condições e com cada vez menos recursos, auferindo, para isso um salário cada vez mais reduzido.

Os trabalhadores recusam ficar em piores condições e recusam prestar apoio, aos mais desprotegidos, em condições cada vez mais deficitárias.

Perante a recusa da Mesa da SCML em rever a sua política salarial e tentativa de reduzir direitos consagrados nos Acordos de Empresa, aos trabalhadores não resta alternativa senão lutar por uma vida melhor. Assim, dia 9 de fevereiro estarão em greve e concentrados no Largo Trindade Coelho entre as 11 horas e as 13 horas a lutar pelos seus direitos. Esta luta está a ser desenvolvida pelos sindicatos que compõem a Comissão Negociadora Sindical.

Fonte: STFPSSRA