Para além de não mostrar vontade de valorizar as carreiras profissionais, a administração da EDP — uma empresa com milhares de milhões de euros de lucros acumulados nos últimos anos — quer ainda apropriar-se das migalhas dos pré-reformados.

Entendendo que a administração precisa de uma resposta firme, a Fiequimetal decidiu propor aos trabalhadores das empresas do Grupo EDP a realização de uma luta, no dia 12 de Abril, com greve e uma concentração, às 11 horas, junto da sede, que nesse dia recebe a assembleia de accionistas.

«Não podemos continuar à espera da vontade fictícia de melhoria da nossa condição de vida enquanto trabalhadores», sublinhou a Comissão Intersindical da Fiequimetal (SIESI, SITE CSRA, SITE Centro-Norte e SITE Norte), ao divulgar esta decisão aos trabalhadores.

Na primeira reunião sobre as matérias pendentes (após a parte patronal ter dado por encerrada a negociação salarial para 2023), a Comissão Negociadora da Fiequimetal relembrou que a sua proposta concreta de progressões nas carreiras foi entregue à administração já em 2021.

Seria expectável que esta já tivesse uma contraproposta para apresentar, passados praticamente dois anos.

Em vez disso, a administração resolveu acrescentar novas matérias, numa tentativa de negociar aquilo que está plasmado no Acordo Colectivo de Trabalho mas não está a ser cumprido, nomeadamente sobre reformas e pré-reformas.

A administração já tinha convocado uma reunião de comissão paritária, onde não fez mais do que bater o pé, tentando forçar que fosse aceite a sua interpretação desta matéria. Acabou por propor a negociação, em vez de respeitar o ACT que negociou.

Fonte: Fiequimetal