Com a adesão à greve, iniciada na madrugada de dia 26 e que provocou, nos turnos e no horário geral, grandes perturbações em toda a laboração, os trabalhadores da Somincor demonstraram à administração que querem mesmo que as suas reivindicações sejam atendidas.

O alto nível de serviços mínimos foi apenas um dos episódios criados com as tentativas patronais de conter a luta e limitar os seus resultados, tal como o pedido para manter constante presença da GNR.

STIM, os seus dirigentes e delegados e os trabalhadores não se deixaram intimidar.

Foi visível, nos contactos estabelecidos à passagem pelos piquetes de greve, que os trabalhadores chamados para serviços mínimos compreendiam os motivos da greve e apoiavam a sua realização.

Foram bem notados os atrasos nas entradas e outras perturbações em várias secções.

Salários e segurança

Com o primeiro piquete de greve, ao início da manhã de terça-feira, esteve o secretário-geral da CGTP-IN. Numa breve mas calorosa saudação aos trabalhadores em luta, Tiago Oliveira frisou que há todas as razões para exigir um aumento significativo dos salários.

Realçou ainda, perante a conhecida perigosidade do trabalho nas minas, e estando ainda na memória de todos o mais recente acidente ali ocorrido, que é plenamente justo reclamar da administração medidas para salvaguardar a vida, a saúde e a integridade física e psíquica dos trabalhadores (como se afirmava no pré-aviso de greve).

Greve com impacto na Somincor