O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos acusou o Presidente da República de abrir caminho aos que se opõem ao direito à greve. Depois de o Supremo Tribunal Administrativo ter recusado revogar a requisição civil na "greve cirúrgica" dos enfermeiros, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que os sindicatos devem ter "uma preocupação acrescida" na definição das greves e na forma de as financiar.

Arménio Carlos, em entrevista ao jornalista Manuel Acácio durante o Fórum TSF, diz que esta posição põe em causa um direito fundamental.

"O direito de greve tem que ser respeitado e todos nós sabemos que quando o senhor Presidente da República fez esta afirmação, de alguma forma, está a proporcionar a abertura de um caminho para outros que há muito tempo vêm exigindo a anulação ou a subversão do direito à greve para levar a que os interesses económicos, nomeadamente do setor privado, se sobreponham a direitos fundamentais dos trabalhadores."

27.02.2019
CGTP-IN