Perante o anúncio do possível reconhecimento do Estado da Palestina por parte do governo português, em conjunto com outro países, na Assembleia Geral da ONU em Setembro, a CGTP-IN reafirma que este reconhecimento tem de ser imediato, incondicional e pleno

Um anúncio para o qual contribuiu a luta e a pressão dos trabalhadores e do povo português. Luta travada, não só ao longo dos últimos dois anos – contra a intensificação do genocídio ainda em curso, que tem vitimado mais de 60 mil pessoas à bomba, ao tiro e à fome, incluindo milhares de crianças – mas também há décadas, pelo fim da ocupação, e limpeza étnica, pelos direitos do povo palestiniano, nomeadamente o direito a viver em paz numa Palestina livre, independente e soberana e o direito de retorno dos refugiados palestinianos às suas terras.

Adiar para Setembro um possível reconhecimento é prolongar o incumprimento do artigo 7º da Constituição da República Portuguesa, que obriga Portugal a reconhecer o direito dos povos à sua autodeterminação e independência. Adiar para Setembro é legitimar a ocupação e genocídio israelita e continuar a cumplicidade do governo português. O reconhecimento do Estado Palestiniano tem de ser no imediato e não pode estar dependente de condições arbitrárias. O Estado da Palestina livre, independente e soberano, com as fronteiras de 1967 e a sua capital em Jerusalém Oriental, de acordo com as sucessivas resoluções da ONU é um direito inalienável do povo Palestiniano.

O reconhecimento do Estado da Palestina é um passo tardio e urgente que o governo português tem de tomar, assim como a clara condenação e exigência do fim da ocupação e genocídio em curso de Israel sobre o povo palestiniano, assim como o fim do ataque aos seus direitos sociais e laborais e a efectivação do direito deste povo a viver em paz na sua terra.

A CGTP-IN reafirma a sua solidariedade com os trabalhadores e o povo da Palestina, que luta e resiste contra a brutal ocupação e cruel genocídio.

Palestina vencerá!

Manif Palestina Lisboa 17Junho2025 57