imt jovensO desemprego entre os mais jovens voltou a aumentar segundo os recentes dados do INE (Instituto Nacional de Estatística). A taxa de desemprego global foi de 17,7% no 1º trimestre do ano, de 42,1% entre os jovens dos 15-24 anos e de 21,3% entre os 25-34 anos.

 

 

Desemprego volta a subir entre os mais jovens – Queremos trabalho! Exigimos Direitos!
Dia 25 de Maio – Todos a Belém!
É preciso acabar com o desemprego! É preciso acabar com esta Política e com este Governo, antes que esta Política e este Governo acabem com o país!

O desemprego entre os mais jovens voltou a aumentar segundo os recentes dados do INE (Instituto Nacional de Estatística). A taxa de desemprego global foi de 17,7% no 1º trimestre do ano, de 42,1% entre os jovens dos 15-24 anos e de 21,3% entre os 25-34 anos.

Há, segundo estes dados oficiais, mais 43 mil e 800 pessoas em situação de desemprego, em relação ao mesmo trimestre de 2012, e o número de desempregados ascende aos 952 mil e 200, de acordo com o Inquérito ao Emprego, realizado nestes meses.

Os trabalhadores mais jovens, alternando o trabalho em condições precárias com largos meses de desemprego, são particularmente afectados por uma situação que destrói a sua vida e a sua saúde a todos os níveis, impede a autonomia, a legítima aspiração de trabalhar e de desenvolver a sua vida no nosso país.

Podemos ver, nos recentes dados, a realidade bem presente da emigração forçada de muitas famílias pela quebra de 1,8% de população activa, em relação ao trimestre homólogo do ano anterior. São milhares os jovens casais que não têm condições financeiras para fazer frente ao aumento do custo de vida e são milhares os jovens que, individualmente, ou com as suas famílias, são forçados a deixar o país.

Hoje apenas 8,5% dos jovens até aos 25 anos têm protecção social em caso de desemprego e apenas 39% dos 25 aos 34 anos recebem algum tipo de prestação quando se confrontam com uma situação de desemprego. Esta realidade cria uma verdadeira dependência das famílias, agravada pelas difíceis condições de vida, pela destruição dos direitos e pelo abaixamento dos salários reais que se estendem à larga maioria dos trabalhadores.

A situação que encontram em outros países, nomeadamente da União Europeia, não é, de todo, a mais favorável, sendo o desemprego entre os jovens, uma consequência, cada vez mais visível das políticas que favorecem os donos das grandes empresas multinacionais, intensificando a exploração. Segundo o último relatório da OIT, estima-se que o desemprego entre os jovens esteja já em 18,1%, prevendo-se que esta se mantenha acima dos 17% até 2018 se este rumo não for invertido.

Estes dados são bem reveladores de que o aumento do desemprego anda a par com a destruição da produção nacional e o encerramento de serviços públicos essenciais às populações.

Esta subida faz-se sentir em todas as regiões, impedindo a entrada no mundo do trabalho de milhares de jovens com experiência, competência e formação em áreas muito diversas e necessárias ao progresso do país, fazendo com que os mais experientes e qualificados procurem respostas noutros Estados-Membros.

O caso da Alemanha, que domina, de forma, cada vez mais flagrante, o rumo das políticas nacionais, demonstra bem a necessidade de lutarmos pela nossa soberania, exigindo trabalho com direitos e a aposta na dinamização da economia nacional.

As medidas tomadas por este governo PSD/CDS-PP, comprometido com os interesses do grande patronato, e do Capital estrangeiro, agravam esta situação e demonstram as consequências negativas que tem o Memorando de Entendimento, verdadeiro Programa de Agressão ao povo, aos trabalhadores, e aos jovens em particular.

Com a insistência em políticas que apenas favorecem os lucros das grandes empresas, criam-se as condições para intensificar a exploração dos jovens trabalhadores.

Com a ameaça do desemprego crescente, das condições de vida cada vez mais degradadas, o terreno é fértil para a retirada de direitos, a diminuição dos salários, a precariedade e o clima de repressão e ameaça dentro dos locais de trabalho. É este o objectivo de quem quer ver a exploração a aumentar e os lucros a crescer em oposição aos salários reais.

A luta sem tréguas pelo trabalho digno e com direitos, fazendo frente à Política de Direita e exigindo a demissão ao Governo que a protagoniza, em cada local de trabalho e na rua, é o único caminho para a concretização das nossas reivindicações.

A divulgação das propostas da CGTP-IN apresentadas como alternativa à exploração, cada vez maior, dos jovens trabalhadores, o reforço da acção e da sindicalização dentro das empresas e locais de trabalho e a mobilização de todos para a concentração frente ao palácio de Belém, no dia 25 de Maio, são elementos essenciais no combate à gravíssima situação de desemprego que enfrentamos. É necessário confrontar o Presidente da República com a necessidade de demitir um Governo que não cumpre a Constituição da República, convocando eleições antecipadas.

A Interjovem/CGTP-IN apela a todos os jovens trabalhadores, qualquer que seja a realidade que hoje enfrentam, estejam ou não em situação de desemprego, para que se concentrem em Belém, no dia 25 de Maio, para que tragam à rua a reivindicação do trabalho com direitos, pelo fim do desemprego.

A Interjovem/CGTP-IN

Lisboa, 13 de Maio de 2013